sábado, 9 de junho de 2012

Para vocês


Para todos aqueles que estão
Que estiveram
Estarão

Para todas as perguntas não feitas
E todas as palavras choradas
Todo o meu amor, mereceram

Para toda mudança ocorrida
E todo abraço
Compaixão

Pelo menos 3 horas distantes
Pelo menos, todos os dias, vistos
Por tudo que me fizeram pensar

Por tudo, tudo, todo
Meu amor, mereceram

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ode ao Rivotril

E pela primeira vez meus lábios estão selados. Meu segredo, apenas meu que começou sendo seu, é indiscutível. E que meus pensamentos caíram no sono, mesmo que os seus estejam acordados. Que pesa a respiração ainda que seja ignorada a falha.
Você já não me remete mais as mesmas coisas, e eu já sinto falta, nunca foi tão ausência em tudo quanto hoje. Tu, ti, você. Some, desaparece, morre.
E pela primeira vez meus lábios estão selados, tudo pesa mesmo quando nada remete. Rivotril nos pensamentos incessantes.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Danem-se


Que se danem as ideologias
As pesquisas
As vontades

Que se dane ser feliz
que o seja
Que se dane o que eu digo
Que grite! Sem mágoas

Eu queria que se explodisse
Você, eu e todos os pronomes
Queria poder me enrolar no seu casaco
Fazer manha, carinho

Que se dane
que o seja

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Deixa eu

E se eu disser que não vou cometer mais erros? Nunca mais. É, eu sei, não adianta falar, eu tenho que te provar... Mas acredita em mim. Eu prometo.
Vem cá, conversa comigo, ri do jeito que eu gosto, me abraça do jeito que eu imagino. Eu prometo a você que não vou errar mais. É, eu sei, eu já cometi esse erro repetidas vezes. Deu em merda. Só que dessa vez não vai acontecer.
Deixa eu fazer de você o que eu quiser. Sem erros. Deixa eu bagunçar seu cabelo, ser sua gargalhada fora de hora, deixa eu falar seu nome de um jeito besta e imaginar quando a gente vai se falar de novo, ficar com saudades e te fazer surpresas. Deixa?

Ah merda, estou errando de novo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

22h21

Eu fujo. Tu foges. Ele foge. Nós fugimos… Não. Sem nós. Eu fujo e você sabe.

Sabe que te pedi, te avisei. Eu fujo, desapareço, morro. Não no sentido de voltar ao pó. Morro diferente. Pedi pra me deixar ir.

Poético, dramático… A promessa de um retorno indigno de meia folha de um romance épico. Incerto, fugi.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Perdeu

Eu podia te cantar uma música
que você não conhecesse
nem gostasse

Eu podia te cantar uma música
inteirinha
letra e melodia
sem que você notasse

Presta atenção bobo!
Vai perder a melhor parte

Podíamos decorar o refrão
desafinados
nós dois

Eu podia te fazer um texto
Um poema
Mil deles
sem que você sentisse

Presta atenção bobo
Perdeu a melhor parte

sexta-feira, 2 de março de 2012

Imagina que cena feliz

Está frio e eu não me importo. Você está sentado a minha frente sorrindo. Eu e você tomando um café meio bom e meio ruim, meio frio, meio quente. E eu nem gosto de café, só fui surpreendentemente tímida para recusar. Afinal, foi você quem pagou essa coisa amarga doce com seu dinheiro, eu que não ligo.
Está frio e as nossas risadas também. É bom conversar com você, meio quente e meio frio sabe. Uma conversa indiferente, com um café ruim e eu não ligo. Você está sentado a minha frente, sorrindo ausente do jeito costumeiro. Sentimentos mais que esquecidos, adormecidos, quase mortos. Está frio e eu não me importo.